Páginas

sábado, 27 de outubro de 2012

Não tem problema, não!

"Raqs Sharqi" - An original painting by Emily Balivet. Acrylic on 16x20 canvas panel, 2008.
Eu queria uma música triste pra te lembrar
Um poema com melancolia pra me traduzir
Um quarto escuro pra chorar tudo que fomos
Um dia pra contar que me amargurei por ti.
Mas aí, lembro-me do quão pequeno você foi
De que o que vivemos é tão comum, tão casual
Que nada de importante realmente significou
Que resolvo parar de a ti, muito praguejar!
Pois você não vale nem meu pior pensamento
És uma coisa ínfima da qual não devo guardar
Nem momentos, tristezas ou ressentimentos
Devo apenas te esquecer, te isolar e te sepultar.
Vou te colocar naquela caixa de coisas pra doar
E continuar a procurar aquele amor que eu quis,
Dentro da ilusão que tinha por você, encontrar.

sábado, 20 de outubro de 2012

Falsas certezas, iludidas esperanças




Te procurando em todos os lugares
Com a promessa de que és certeza
Me acompanhando com a esperança
Do meu amor eloquente corresponder.
Vejo-me neste momento tão solitário
A te procurar pergunto-me se esse amor
Foi gerado por nós ou concebido por mim
Se nosso, tu deverias ser mais autêntico
Se apenas meu... Eu deveria te esquecer!
Mas a certeza não me deixa e a esperança
Sussurra teu nome doce na minha mente
“Vem aqui e me faz feliz!”
Mas, se não vier... Que morram todos os amores
A mim só interessa o teu; não quero outro
Se a esperança e a certeza me deixassem
Eu poderia viver novamente a conformação
De não te saber, não te esperar e não te querer
Estaria de novo com aquele familiar oco
Onde retumba meu coração cansado
Que rumina de tantas falsas certezas 
Ou chora de tantas iludidas esperanças.

Te inventei em mim




Numa noite te imaginei comigo 
Dentro daquelas ilusões juvenis
Que só eu posso ainda carregar
E sua forma sincera encantava
Dentro daquelas palavras gentis
Mas, foi apenas um momento
Em que minha mente tão fraca
Ouvia o coração em tormento
Me fazendo chorar desalento
Quando na realidade procurei
Aquela alma tão verdadeira
A quem tanto amava e me doei
Na verdade ali não existia 
Se escondia uma pessoa fria
Que de mim o riso queria
Usar e dele extirpar o melhor
Que sempre leal quis te dar
Foi durante esse breve momento
Que o melhor de mim tu roubou
Mas eis-me aqui de pé a sorrir
Forte e brilhante a prosseguir
Você foi uma ilusão passageira
Como muitas, eu sei, virão, e
De todas elas vou me recuperar!




sábado, 13 de outubro de 2012

Dialeticamente



Somente alívio e o sentimento de superação me tomam. Todos os clichês cabem aqui: Desci ao inferno e subi ao céu, ou quem rir por último rir melhor, ou saí dessa melhor do que entrei. Saí dessa mestre! Mestre em como me refazer. Com tudo isso percebi como o conhece-te a te mesmo nos impulsiona para o torna-te quem tu és.  Hoje sou a mesma, porém outra, mas a mesma. Começou. Terminou. Iniciou.  Acabou. Findou...  e continuou.  

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Nos conjugando no passado agora


Era nosso lugar
Eram nossas sensações
Era o teu sorriso
Eram nossos corações
Era meu desejo
Eram nossas orações
Era tua vontade
Éramos simplesmente
Emoções