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domingo, 17 de junho de 2012

Do que preciso



O suficiente. É só disso que preciso. Ter o meu lugar na tua vida, ser levada em consideração. A partir de agora sinto que estamos na partida rumo ao que não deve ser planejado, apenas sentido. Tentarei seguir o teu plano de não ter planos de viver com mais leveza e menos drama.
A melhor decisão de nossa vida em comum foi deixar de confiar em quem não era feliz consigo e não nos deixa ser felizes. Cômico se não fosse trágico hoje perceber nos fatos que não nos deixa mentir o quanto fomos prejudicadas por aquelas pessoas. De hoje em diante tentarei manter a guarda mais atenta para me manter longe de pessoas que não acrescentam.
Dar chance ao novo. Ao novo de um amor a distância, ao novo de um recomeço de vida, ao novo de um relacionamento velho mas vazio de conteúdo,  ao novo de um recente relacionamento que a cada dia se torna mais concreto. Farei valer a pena cada dia dessa nova/velha vida.

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Lá nos Trinta



No início da viagem, pensei que logo não ia chegar
Na estrada até lá, tropecei, cai, mas continuei a andar
Acreditei que quando estivesse perto um sinal ia brilhar
E quando finalmente chegasse; não cansada! Viajada!
Ia toda serelepe e alegre da minha jornada contar
Padecida no paraíso, seria realizada e amada.

Mas o sinal não brilhou e de repente lá estou
Sem todo o glamour que tanto confabulei
Tem um ar morno de uma manhã enfada
Não há também aquela alegria efusiva que ri do nada
Chega a ser bonito dependendo do ângulo

Pode até ser lírico; basta fingir que lá não se está
Ou pode-se agir como Diva afetada:
 “- Não conheço bem a Matemática!”.
Ou ainda pode se mentir, coisa mais animada:
 “- Acredita que nos trinta não cheguei ainda?”.

Talvez o certo seja ficar na surdina
Vou fingi que não vi, nem ouvi pra não ter que dizer
Que lá cheguei quase do mesmo jeito
De quando essa jornada comecei.

sábado, 9 de junho de 2012

Enfim, juntos!




Estar junto é uma decisão que tomamos. Não acredito que a paixão permeie um relacionamento durante anos. Acredito no amor, no companheirismo, na cumplicidade, ou seja, vontade de estar junto. Não necessariamente desejo, sexo, ou tara ou qualquer coisa que esteja apenas no corpo.

Nós nos apaixonamos, vivemos isso numa intensidade que quando passa parece que entramos numa depressão. Só que parte das pessoas esquece que um relacionamento não é só paixão. Um relacionamento é tão mais: é o dia a dia, lado a lado que gera conteúdo, que forma alicerces que produzem uma casa firme.

Conclusão: após a paixão as partes envolvidas escolhem ou não, permanecer juntos. Avalia-se os prós e contras e se pesa o quanto vale a companhia do outro. Se escolher permanecer junto, colhem-se os frutos do companheirismo, da luta do que foi vivido e transformado. Se escolher viver outra paixão, continuará repetindo esse ciclo para sempre.

No ciclo de encontrar uma paixão perene, muitas mágoas rolam vida abaixo. Uma das partes sempre sai mal. Uma vez perde eu, na outra você. Sempre alguém fica com o gosto do que não foi vivido de alguma forma. Sempre fica a dúvida: será que eu não fui precipitada? (parte deixada pensa), será que não fui dura demais? (parte deixada pensa), eu poderia ter agido diferente? (parte deixada pensa). A parte deixada sempre é mais sentimental, sofre mais, pensa, repensa e não esquece. Já a parte que deixou já está apaixonada. A parte que deixou nem lembra mais porque deixou a parte deixada.  A parte que deixou tem memória curta o que a faz viver feliz sempre.

Há pessoas que não consegue viver sem essa inquietude maluca que a paixão causa. Eu super amo a paixão, sem ela como eu me jogaria em todos os desafios que me impus. Mas em relacionamentos ela não pode ser o fator decisório. Num relacionamento se coloca numa balança de um lado a paixão e do outro companheiro, amizade, verdade, vontade de estar junto, cumplicidade. No final, cada um dará o peso disso tudo e fará sua escola. 

quinta-feira, 7 de junho de 2012

Dor Provocada







Na esterilidade do ambiente, onde os gemidos são suspiros
Invoquei minha força de diva, não doída, não corrompida
Mas sua mão morna não estava lá, apenas um rosto frio
Que auscultou meu coração contrito sem boa intenção
Enquanto eu fechava os olhos para esconder a emoção
De que aquele momento não deveria estar acontecendo
De que o futuro que eu esperava parecia agora incerto
Era tão doloroso quanto está ali onde tudo machucava
Lágrimas quentes de sangue eu chorava à tua ausência
E a esperança em mim se diminuiu quase se esvaiu
Talvez amanhã eu possa pensar que tudo vai melhorar
E talvez amanhã você possa me oferecer a tua mão
E de novo em mim, fazer a renovação vingar.