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terça-feira, 30 de agosto de 2011

Me permitindo!


São tantos receios. Queria certezas... queria poder me jogar de cabeça, abrir meu coração e dizer taí toma que é teu! Mas meu pobre coração nem está reconstruído da última decepção... daí você chega, aparece do nada e me dá chão, me dá segurança... pq?! Normalmente eu que sou o porto-seguro... eu que penso e aturo as conseqüências sozinha! Será que vai valer a pena te entregar o meu coração que  neste momento tá se escondendo, fugindo de qualquer grande emoção...  

Minha consciência diz: Se permita!  Viva o momento! E meu coração diz: cuidado, moça! Mais uma decepção acho que não vai ter conserto. Será que dá pra recauchutar coração? Será que eu conseguiria viver com um coração assim?!

Então, eu vivo. Vivo cada dia. Cada momento, minuto e segundo. Cada carícia, beijo e abraço. Sem planejar, sem esperar... só pensando que tudo num certo momento vai se encaixar...


terça-feira, 23 de agosto de 2011


Não é meu momento de a ti racionalizar
Nem me aprisionar os lábios e as mãos
Nem com a moralidade alheia me ocupar
É tempo e me achar intempestiva e devassa

E entre minhas pernas tremulas reivindicar
O que de ti, fui intimar e buscar, melindrosa
Quero o proibido, o insensato e o vulgar

Exijo só o que me cabe e infernal e geniosa
Quero também nenhuma credibilidade te dar
Pois não serão seus meu afeto nem ouvidos  

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Vontade do que é passageiro!

Alguém me acha, por favor! Tá, mas não pode ser qualquer pessoa. Tem que ter um nível aceitável de cultura geral. Uma postura e um entendimento sobre a vida. Sensível, mas nem tanto! Bruto, só naquelas horas. Com boa auto-estima mas sem boçalidade. Sem auto-afirmações... porque vamos combinar que é interessante a descoberta .
Olha que não estou rogando por uma relação duradora. Queria uma doce sensação de encontro misturada com certeza não ácida daquilo que vai passar. É, esses pequenos encontros são efêmeros... por ser efêmero é que vale a pena ser vivido com toda a intensidade quase beira a insanidade. E mesmo que depois eu sofra e chore e diga: Nunca mais vou me permitir fazer uma loucura dessas! Mas sem isso qual a graça de viver solto no mundo? Por isso que me jogo nessas aventuras que me fazem rir e deixam um gosto de que vale a pena se permitir. 


“Doar sangrar trocar
chamar pedir mostrar
 mentir falar justificar

 no cais chorando
não sou eu
quem vai ficar dizendo adeus

 batucada macaco no seu galho
 da roseira em flor da laranjeira
 amor é choradeira

 horror a vida inteira
 à beira da loucura
 e a dor e a dor e a dor e a dor” *

* Poesia de Tulipa Ruiz



domingo, 7 de agosto de 2011

Com o amor, em guerra.


Não! Não preciso de você, tolo amor
Mesmo tendo clamado teu nome
Escalado dores e maus augúrios
Pueril. Teimosa. Orgulhosa. Em guerra.

Estou aqui de solene peito fechado
De mãos em punhos de desconfiança
Com o humor de inquietude pensando
Em onde, por tanto tempo, estava?
Não! Me recuso!

Não te aceitarei agora, depois que sei
Que não preciso mais chorar sua ausência
Que não necessito mais ruminar ilusões
Que posso viver melhor sem você

Não! Me recuso! E a te desafio
A me fazer confiar, ceder e sonhar
E de novo, com emoção febril
Te amar de novo, ridículo amor.