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sábado, 16 de abril de 2011

Andar à esperar

Ela vive no cômodo isolamento
Pérola fomentada desde pouca idade
No ostracismo construído pela dor

Suas paredes reluzem frustração
Naqueles que lhe dão impossibilidades
Seu chão é nivelado pela inconstância

Seus pensamentos à levam pra longe
Perdida, volúvel, passional, ela carrega
O fardo alheio que lhe finca no solo

Não há portas que anunciem liberdade
Apenas janelas que lhes convida à fuga
Da melancolia, da razão, da realidade

Resta-lhe apenas esperar por sorte 
Qualquer que lhe mostre a verdade
Esperar amor ou simplesmente a morte