O que procuro? Sou tão exigente assim? É pedir demais
reciprocidade? Ah quantos questionamentos... Mas na minha mente está tudo tão
claro, tudo pontuado: o que quero e o que não quero. Deveria ser tão simples. Pena que o futuro do pretérito não é
simples. Hoje me vejo novamente jogando
nas regras que não são as minhas. Qual o sentido de segui-las? Mesmo seguindo tais regras
só me resta a solidão ou a tua frieza. Como isso pode certo? Só o gostar puro
vai nos sustentar durante muito tempo? Hoje tento não deixar que a paixão
avassaladora que me impulsiona a tudo me impulsione a tomar qualquer decisão.
No meio do vazio às vezes a fantasia toma conta. E ela vai
tão longe. E isso me preocupa e me faz lembrar que quando isso acontece é
porque você não se fez presente... Ausentou-se de ocupar o lugar que deveria
ser teu.
Em meio aos delírios de minha fantasia me vejo no que
poderia ter sido no que tanto eu quis que tivesse se realizado. No que foi
tanto querer, e foi tanto amor, e foi até loucura. No que me fez me sentir um
nada... Pois de fato eu era tão pouco sem aquela presença... De volta à realidade. O que tenho? Nada.
Aí, me vejo em busca de um novo abrigo, mas dessa vez sem
esconderijos, sem amarras, sem dor, sem frieza... Mas daí pondero. Sim,
pondero, pois sinto que há amor, sinto medo de te perder, pois novamente, eu
fiz escolhas, eu cultivei algo para que tudo chegasse aonde chegamos... Mas
cadê você? A vida continua dando suas voltas, os dias passando, os meses voando
e... Cadê você?
Tenho que buscar o denominador comum de todos que escolhi. No
final só eu estou destruída, e dessa vez não quero ter que me refazer.