Páginas

domingo, 26 de junho de 2011

Ser solidão

O coração comprimido pela solidão
Dos amores platônicos e reprimidos
Daquilo que não foi e nem terá sido
Como mãos soltas em bolsos vazios

Os verbos conjugarão no singular
E no cansaço abstrato da mente
Que permeia contos inexistentes

E que racionalizará contundente
Sobrará apenas fragmentos ermos
De amor sofrido e inevitável, arredio.


quarta-feira, 22 de junho de 2011

Minha casa é meu reino!

Não há lugar algum no mundo onde eu me sinta em minha plenitude, me sinta aceita, me sinta segura do que na minha casa. Meu lar, meu aconchego, minha fortaleza... Porque aqui há meus concidadãos por mim. Estes nunca hesitam. Por mais que eu perambule pelo mundo é aqui que eu quero descansar meu corpo e minha mente... Só aqui a tensão não existe.

Sentir-me invadida pelas intrigas da corte que sempre rodam os grandes reinos me fez perceber que temos que cada vez mais estreitar os laços familiares. Querendo ou não precisamos da corte para de fato constituirmos um reino cheio de pompa e circunstancias, mas para isso devemos sempre manter uma base aliada forte.

Como pode existir pessoas que não tem sua própria identidade, que precisam dos outros para se sentir gente. Que não tem seus lares como espelhos... O pior é querer fazer dos lares dos outros o seu. Piedade é o sentimento que emana de mim ao ver essa situação... Pena dos que não tem a vivência de um lar.



Num lar não existe apenas tréguas, existe discussões, brigas, desgostos, mas tudo isso só faz fortalecer o sentimento de pertença a este clã. Porque assim, vemos refletir os defeitos e as virtudes que nos fazem pensar o quanto somos iguais aos nossos pais e irmãos, avós.



Findar


E no final se fez como esperado
Àquela sincera que tudo acatou
A missão em que todos honrou
As ligações sentimentais restou

A dor se construiu da dúvida
Da culpa e do pesar infundado
E a dedicação febril foi jubilada

Do seu caráter firme e honrado
Do coração sensível e choroso
Palpitante de medo e esforço

sábado, 18 de junho de 2011

Seja amar...


      O amor passa? Hoje me pergunto isso. Como pode querer tanto bem a alguém, que parece que esse querer vai te engolir e depois de um tempo você não conseguir enxergar aquele encanto que te fazia emocionar.  E você afirma, e repete quase que como um mantra: “Sim, haviam coisas boas!” O que não consigo achar natural é aceitar que essa pessoa simplesmente não significa mais nada. Como alguém que te deu tanto sentido simplesmente agora não faz sentido algum. E ao falar isso me espanto mais ainda porque não há mais dor... enquanto havia dor era sinal que havia amor... mas quando simplesmente vira indiferença não há mais o que ser preservado,  perdeu o respeito.      



      Lembro-me que ao ler A Retórica das Paixões de Aristóteles nunca esqueci a definição do que seria amor :“Seja amar o querer para alguém o que se julga bem, para ele e não para nós e também o ser capaz de realizá-lo na medida do possível.” Será que aquilo que eu julgava ser amor realmente era amor? Será que já amei alguém dessa forma não egoísta? Chego a conclusão que só amei do jeito errado.



     


quarta-feira, 8 de junho de 2011

É despedida...

Queria entender tudo isso que se passa. Toda essa confusão de sentimentos que emanam de você e que me fazem conhecer o melhor e o pior de mim. Isso me assusta... e logo eu, tão racional, encontrar-me nessa situação faz perder o chão, e assim agir sem prudência. Quando percebo falei e fiz besteiras... Queria chegar hoje e pedir desculpas por tudo que fiz. Mas se isso eu fizesse, seria mais uma vez tentar nos enganar. Seria como querer continuar sem considerar que ainda há uma ferida aberta e que sangra... E que ainda causa tanta dor.

Como sempre eu disse... vamos deixar o tempo agir. Mas é tão difícil esperar quando se tem pressa de viver, de sentir o mundo!Isso é algo comum em nós. Essa pressa toda nos fez chegar onde? Só nos fez atropelar sentimentos e nos machucar cada vez mais. Cada um ao seu modo... mas somos assim. Somos tão iguais. E no final só resta isso... esse vazio cheio de ressentimento.

Do nosso amor eu nunca duvidei: Que ele fosse real, verdadeiro, e que viesse pra ser do bem. Mas hoje conviver contigo já não gera conforto. Ao mesmo tempo que te quero livre, te quero junto a mim e os conflitos chegam... e com eles as discussões e as mágoas.

Então, fica combinado que a gente termina assim, do jeito que está. Cada um pro seu lado tentado sarar as feridas...